terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Feliz 2016!!!


Ano novo chegou e finalizamos mais um festival com muita emoção. Nesse final de ano realizamos todos os trabalhos do festival natalício, comemoramos o aniversário da amada Md. Júlia e entregamos nossos trabalhos com muito choro e comoção na despedida da nossa comandante Daniela Leal. 

Então vamos começar nossa retrospectiva:
Iniciamos nosso Festival realizando o hinário O Cruzeiro Universal em comemoração ao dia da Virgem da Conceição com a presença da irmã Bartira, que trouxe muita luz e força ao nosso trabalho. Igreja cheia, nossa festa tornou-se completa com o fardamento do Irmão Gustavo Terra que abriu o caminho para outros fardamentos do festival, ao final um maravilhoso lanche com direito a bolo em comemoração ao aniversário da querida Bartira.
Em seguida comemoramos o aniversário do nosso amado Mestre Irineu cantando o hinário O justiceiro do Padrinho Sebastião. Na ocasião, também foi realizado o batizado da pequena Angelina filha dos Irmãos Jayme e Kellen Rodrigues .
Para os amantes da cultura indígena, realizamos no dia 19 de dezembro um trabalho xamânico com a liderança indígena Haru Kuntanawa e sua esposa e fardada da casa Muriene Kuntanawa. O trabalho foi lindo e rendeu bons comentários, já estamos todos na expectativa para o próximo. Haux!!!
E não parou por aí não, nosso festival foi super movimentado! Nossa festa em comemoração ao aniversário do Mestre Jesus foi uma primosia que quase não coube no salão, nosso relógio de luz brilhou com todos perfilados no nosso salão dourado cantando e bailando O Cruzeiro Universal em louvor ao Salvador. Ao final, nossa linda ceia de confraternização uniu e animou toda irmandade, também teve bolo de aniversário da princesa Gabriela filha da irmã Tânia, sem falar do amigo secreto que divertiu a todos. Felicidade sem fim! 
Ainda nem havíamos esfriado o corpo direito e já no dia 29 comemoramos o Aniversário da Madrinha Júlia com seu lindo hinário O convite. No final também teve bolo de aniversário para o irmão Júnior que também comemora aniversário nesta data. Gratidão eterna aos irmãos!!!
E assim fomos completando nosso festival, apesar de muitos irmãos terem viajado no final do ano, juntamos nossos irmãos mais fieis (claro que nosso amado Pd. Vaídes tava no meio dessa festa) e realizamos nossa virada de ano cantando a segunda parte do O Cruzeirinho do Pd. Alfredo Gregório.Não faltou energia nessa galera, que embalados pela viola do irmão músico Fabiano Borges faltamos emendar com a Nova Era raiando o dia. Nessa alegria contagiante recebemos 2016 vibrando com toda a criação, recebendo essa mensagem que nosso Mestre nos mandou, receber o ano novo examinando o que passou. Viva o ano novo! Viva Nosso Mestre! Viva Nosso Festival!
Infelizmente não tiramos fotos do nosso ano novo...
Mais ainda não acabou não, na véspera do dia de Santos Reis, dia da entrega dos trabalhos e encerramento do festival, nossa igreja ficou pequena (por conta da quantidade de gente mesmo!). A emoção foi tanta que até luz faltou, nesse dia cantamos O Cruzeiro Universal do Mestre Irineu e é nessa data também que se canta o hino 25 deste hinário, ou seja, esse hino é cantado apenas uma vez ao ano, mas o hino é tão lindo que dá vontade de cantar todo dia. Nosso festival se encerrou com chave de ouro, um hinário lindo cantado praticamente a capela, houve também o fardamento dos Irmãos Diego de Moraes e José Eduardo. Não poderia deixar de falar da despedida da nossa Madrinha Daniela Leal, comandante feminina e fundadora do Céu do Cerrado, as lágrimas correram nos olhos da irmandade com a homenagem organizada pela Irmã Angelica Mendonça. O Vídeo com depoimentos e tributos a nossa querida Dani, apertou o coração de todos! Já estamos com muitas saudades. Então meus irmãos, estamos iniciando uma nova etapa na trajetória da nossa Igreja, a partida da nossa Madrinha e o fardamento de novos irmãos só tem demonstrado nossa capacidade de superação e renovação. Como diz o hino da Gilda Gomes Renovação é a saída para a nova dimensão, firmeza na mente, amor no coração, fé na estrada vamos todos dar as mãos”. Viva o Céu do Cerrado! Viva a Madrinha Daniela! Viva os Santos Reis! Viva a Nova Dimensão!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Céu do Cerrado


O centro eclético da fluente luz universal Roberto Corrente (CEFLURC), Igreja “Céu do Cerrado”, organização religiosa espiritualista cristã, ligada ao Centro Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra (CEFLURIS), grupo religioso dissidente da doutrina Daimista, conhecido genericamente como “Santo Daime”, que dos grupos dissidentes é o que possuí maior visibilidade, responsável pela expansão da doutrina do Santo Daime pelo Brasil e pelo Mundo.

Na atualidade o principal responsável pela Igreja Céu do Cerrado é o senhor Vaídes Borges, atual presidente do centro, e respeitado feitor da bebida “Daime” ou “Santo Daime”, como é conhecido pelos membros deste grupo religioso. Feitor é o Mestre que detém a técnica e o saber de produção da bebida Santo Daime.

O senhor Vaídes ou “Seu Vaídes” como é conhecido entre os membros de seu grupo “Céu do Cerrado”, conheceu a religião do Santo Daime diretamente no “Céu do Mapiá”. Comunidade religiosa fundada por Sebastião Mota na floresta amazônica em meados da década de 80 e formada especialmente por adeptos dissidentes do grupo original dessa doutrina e famílias ligada à pessoa do padrinho Sebastião. É neste contexto que o Senhor Vaídes Borges tem seus primeiros contatos com o grupo. Tal qual expõem o mesmo:
Padrinho Vaídes Borges presidente da Igreja Céu do Cerrado.

“Eu conheci a doutrina do Santo Daime [...] em 87, na passagem de 87 para 88, daí no final do ano eu morava em Goiânia, ai eu peguei uns seringais pra medir lá no amazonas e no rio Branco no Acre, aliás. E eu fui lá pra fazer esses seringais, pra fazer as medições deles [...] e chego lá [Boca do Acre – AC], por coincidência um dos seringais fazia divisa com o céu do mapiá, e ai lá [...], na região todo mundo comentava sobre o pessoal do daime, que era um pessoal misterioso, um pessoal diferente, que cuidava da natureza, protegia os animais e não destruía a natureza [...] Além do mais, tinha aquela bebida né, o chá, o santo daime, eu fiquei curioso pra ver, foi aonde eu fui lá realmente pra conhecer. Foi no final do ano, eu peguei a canoa, tava morando em Boca do Acre, eu tinha um acampamento lá, tinha alugado uma casa, aí eu peguei essa canoa de um senhor que trabalhava comigo, e ele já tinha ido lá algumas vezes, aí nos fomos juntos, nós chegamos lá no dia 31 de dezembro de 87. E ai, eu participei do primeiro hinário do dia 31 pro dia 1, aonde eu conheci o Santo Daime. (Vaídes Borges)”

Foi a partir do primeiro contato com o grupo religioso, que Vaídes Borges, passou a intercambiar experiências e informações da cultura daimista presente nos Estados do Acre e Amazonas com a região do Goiás e posteriormente Norte de Goiás, região que se emancipou em 1988, tornando-se o mais novo Estado da Federação.

O Sr. Vaídes Borges recebeu das mãos do padrinho Sebastião as plantas que compõem o Santo Daime, sendo o responsável por trazer as plantas e a doutrina para o Tocantins no inicio da década de 90, período de formação da capital do Estado Palmas. Pioneiro neste Estado e Cidade, conseguiu formam um pequeno grupo de pessoas em torno do desenvolvimento dos rituais desta doutrina. Posteriormente, com a chegada de novos membros da Igreja matriz Céu do Mapiá no Amazonas, formaram o CEFLURC.

A igreja Céu do Cerrado foi fundado no dia 20 de maio de 2002 pelos membros Gustavo Soares e Daniela Leal que junto com o senhor Vaídes Borges formaram uma nova etapa da doutrina na cidade de Palmas, tendo por patronos o Sr. Roberto Corrente e a Sra. Albertina Corrente, estreitando os laços com a central da doutrina Céu do Mapiá.
Padrinho Roberto e Madrinha Albertina Corrente, patronos da Igreja Céu do Cerrado.
O termo “padrinho” e “madrinha” e a denominação das lideranças da doutrina do Santo Daime, podendo ou não serem designados desta maneira, dependendo da relação deste com o grupo. Em alguns casos o termo pode ser usado para referir-se também aos membros mais antigos da doutrina, em especial aqueles de maior carisma e consideração entre os adeptos. Que no caso do “Céu do Mapiá”, há um grupo grande de pessoas pioneiras que acompanharam Sebastião Mota no processo de organização de sua comunidade, assim designadas enquanto “padrinhos” e “madrinhas”. 



CEFLURIS


O Centro Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra é uma divisão da Doutrina do Santo Daime (CEFLURIS), fundado por Sebastião Mota de Melo na década de 70 na cidade de Rio Branco, capital do Estado do Acre. Mais especificamente nas terras denominadas “Colônia Cinco Mil” de propriedade de várias pessoas, principalmente da família de sua esposa Rita Gregório de Melo. O mesmo era integrante do grupo original de Raimundo Irineu Serra e já possuía uma extensão da doutrina autorizada por Irineu. Esta extensão foi estabelecida como alternativa de minimizar as dificuldades do grupo de pessoas que viviam nesta área em relação à distância desta localidade com a sede do grupo Alto Santo. Situação que se reproduziu de maneira idêntica a outros membros que possuíam residência em locais distantes da sede. Tais agrupamentos eram compreendidos enquanto extensões do grupo original, estes possuíam autorização de Irineu para executarem concentração e a produção da bebida de acordo as instruções de Irineu. Eram então denominadas, “pronto-socorro”, de forma que todos os membros das extensões reuniam-se na sede do grupo para os ditos trabalhos oficiais ou hinários.
O falecimento de Irineu gerou tensão entre seus membros que se desentenderam com o comando sucessor de Mestre Irineu, questão que provocou a divisão de seu grupo. Padrinhos Sebastião conjuntamente com outros seguidores de Mestre Irineu fundaram o CEFLURIS como meio alternativo de desenvolverem os rituais com a bebida Santo Daime após a divisão do grupo original. Sebastião Mota de Melo acompanhou uma mudança de contexto experimentada com o movimento de contracultura dos anos 70 e ao contrario do rigor do grupo original, recebeu em seu grupo, estudantes e mochileiros especialmente da região sul, que com a visibilidade da bebida buscavam ter experiências transcendentais. Padrinho Sebastião era uma pessoa carismática que recebeu todos que procuravam conhecer a “Santa Bebida” em seu grupo, sem fazer distinção de ninguém .
Com seu carisma e liderança, padrinho Sebastião mobilizou seus familiares e amigos que o acompanharam neste processo de formação de uma comunidade baseada numa relação de auto-sustentabilidade e respeito à natureza. Transferindo-se para o interior onde formou primeiramente a comunidade Rio do Ouro, e por falta de condições favoráveis a fixação do grupo nesta região, transferiu-se mais adentro da floresta. Onde, nos limites de fronteira entre os Estados do Acre e Amazonas, nas proximidades da cidade de Boca do Acre, estabeleceu sua comunidade que passou a ser então denominada “Vila Céu do Mapiá”. Esta por sua vez tornou-se a grande Meca do Santo Daime no Brasil, tornando-se referencia em organização comunitária e auto-sustentabilidade. De dentro da Floresta, padrinho Sebastião passou a comandar a maior e mais visível organização religiosa ligada a doutrina do Santo Daime. O CEFLURIS incentivou a formação de outros centros daimistas pelo Brasil e pelo mundo, estabelecendo uma relação institucional de filiação com os demais, incentivando especialmente a vida comunitária baseada na organização dos trabalhos/rituais com a bebida Santo Daime.

Abaixo videos sobre a Doutrino do Santo Daime e Padrinho Sebastão.




Sobre a Doutrina do Santo Daime e seu fundador:


O uso ritualístico da ayahuasca em um formato religioso tornou-se uma característica única da cultura ayahuasqueira no Brasil, formada em uma conjuntura de transformações sociais no país. Especialmente de transição da cultura rural para a urbana, unindo diversos elementos do universo cultural brasileiro. De tal maneira que, o processo de apropriação e ressignificação do uso da ayahuasca dentro de um contexto religioso em um formato cristão, elaboraram uma nova forma de organização baseado na socialização e aproximação entre o mundo rural e urbano. Contexto que propiciará os surgimentos das religiões baseado no uso da ayahuasca. Assim de acordo Goulart (in LABATE, 2002), tais religiões inauguram uma nova lógica do consumo deste chá na sociedade do homem branco. 
O uso da bebida ayahuasca compreende não somente a expansão da consciência, como também uma aproximação com o mundo sensível. Diz respeito ao universo subjetivo dos indivíduos, como reforça a crença nos seres míticos da floresta. Tal manifestação não poderia ser mais nativa, compreendendo uma infinidade de povos e grupos que se utilizam das mais diversas maneiras do uso da Ayahuasca, como forma de se atingir o sagrado. O termo “ayahuasca” é a denominação de procedência “quíchua” para esta bebida que simboliza o contato com o mundo dos espíritos, ou, vinho das almas. A mesma é resultante da combinação de duas plantas nativas da floresta amazônica, o cipó (Banisteriopsis caapi) e a folha (Psychotria viridis)1, que há muito vêm sendo utilizada pelos indígenas e caboclos da floresta, em uma relação de caráter orgânica com a natureza que lhe provêm todas as necessidades.
A doutrina do Santo Daime é um sistema religioso baseado no uso sacramental da bebida Ayahuasca em seus rituais. Fundada na década de 30 por Raimundo Irineu Serra em Rio Branco no Acre, de onde a partir dos anos 80 disseminou-se para outras localidades do Brasil e do mundo. Tal doutrina é um complexo sistema de elementos simbólicos das mais diversas áreas da vida cultural brasileira, em especial dos povos da floresta e do campo. Que na atualidade abarca uma tradição de quase oitenta anos, compreendendo todo um modo de ser e organização de vida pautada na relação de respeito à natureza. Um fenômeno que demonstra a riqueza e a diversidade da cultura do Brasil e principalmente da Amazônia.
Raimundo Irineu Serra adotou uma nova denominação a esta bebida, atribuindo-lhe o caráter de pedir, de rogar, de solicitar as forças da espiritualidade todos os sentimentos e necessidades aspiradas. Passando a ser chamada por seus adeptos de “Daime” ou “Santo Daime”, aludindo a súplicas como, dai-me amor, dai-me fé, dai-me saúde.
Raimundo Irineu Serra nasceu em São Vicente de Férrer, no Estado do Maranhão em 1890. De origem humilde e descendente de escravos, migrou para o Estado do Acre no inicio do século XX, final do primeiro ciclo da borracha, chegando às fronteiras do Acre, com o Peru e a Bolívia. Foi junto com o conterrâneo Antonio Costa que Irineu buscou conhecer juntos aos caboclos dos seringais do Peru a bebida ayahuasca, que mesmo cercada de conceitos pejorativos entre os seringueiros, despertou o interesse deste, em tal experiência.
Com o aprofundamento de Irineu no uso da ayahuasca, surge à entidade feminina apresentada como “Clara”, que passa a o instruir em seu processo de iniciação, esta mais tarde, revelar-se-ia a ele enquanto Rainha da Floresta ou Virgem da Conceição. Constituindo, neste momento, o mito fundador da doutrina do Santo Daime, revelando a ele sua missão, instruindo-o sobre a espiritualidade e sobre a doutrina que viria a fundar. As versões sobre esses acontecimentos também são variantes, sendo em geral, bastante semelhantes. Irineu junto com Antonio Costa aprendem a identificar as plantas e passam a produzir eles mesmos a bebida, é justamente a partir deste fato, que se iniciam os processos de revelações a Irineu. 

A Iniciação de Irineu ocorreu por volta de 1914 e 1916 na região de fronteira de Brasiléia e Cobija na Bolívia. Foi pouco tempo depois desse período que Irineu juntamente com os Irmãos Costa, fundaram o Circulo de Regeneração e Fé (CRF), inspirado nos padrões da organização cristã esotérica Circulo Esotérico de Comunhão do Pensamento. Sendo inclusive adotado um lema praticamente idêntico ao deste grupo “harmonia, amor e verdade”.
A organização dos rituais do CRF não era bem definida e aproximava-se das sessões espíritas. Durante as sessões eram passadas comunicações de entidades que eram transcritas e repassada aos demais membros, tais acontecimentos eram chamados de “práticas”. Provavelmente as atividades do CRF encerraram-se no ano de 1943, antes desse período Irineu Serra se mudou para Rio Branco onde fundou um novo grupo com base no uso religioso do Daime.
Ao chegar a Rio Branco, Irineu ingressou na força policial e fazia uso do daime discretamente. É neste período, na força policial, que Irineu conhece várias das pessoas que integrarão futuramente seu grupo de seguidores, tais como Germano Guilherme, João Pereira e José das Neves. Irineu só retomará os trabalhos com o daime após 1930, quando já havia se dispensado do serviço na força policial, migrando para área da zona rural de rio branco onde se estabeleceria como agricultor. Formando em volta de seu trabalho uma pequena comunidade composta por pessoas que alcançaram a cura através de suas práticas com o Santo Daime. Desenvolvendo assim, o grupo dos primeiros seguidores desta nova fase dos rituais com o Daime. 

Assim, já estabelecido nesta cidade e com uma rede de relações que facilitaria a organização de sua doutrina é que, entre 1930 e 1960, Irineu vai padronizando os rituais e “Hinários”, executando-os de acordo o calendário e festas cristãs. Até pouco antes de seu falecimento, Irineu buscou corrigir seus rituais, padronizando-os e buscando entre seus seguidores seu fortalecimento, várias foram as alterações e inovações introduzidas a sua doutrina no decorrer de sua constituição.
O primeiro ritual a ser organizado por mestre Irineu foi o trabalho de concentração, a serem realizados a cada dia 15 e dia 30 de cada mês, que inicialmente seguiam os padrões do Circulo Esotérico de Comunhão do Pensamento e que posteriormente foram tomando um formato próprio.
De maneira geral, os trabalhos espirituais do Santo Daime seguem uma ordem, “trabalhos oficiais”, ou “hinários” e concentrações. Os trabalhos oficiais do Santo Daime seguem um calendário baseado nas datas e festividades cristãs estabelecidas pela igreja católica, as principais são: Sexta-Feira da Paixão; São João; Dia de finados ou todos os Santos; Virgem da Conceição; Natal e Santos Reis.

A farda é uma roupa padrão utilizado pelos membros desta doutrina, representando seu compromisso e missão com o caminho aberto por Irineu, todos os membros usam roupas igual, distintas somente pela questão de gênero. O Fardamento ou entrega de Estrela é o momento ou solenidade na qual o individuo compromete-se com esta doutrina. Aderindo à roupa padrão e passando a ter todos os direitos e deveres de membro do grupo, a solenidade de fardamento ocorre em geral nos intervalos ou finalizações dos Trabalhos oficiais, ou “Hinários”. Onde o dirigente do grupo explana sobre os deveres e direitos do fardado, os cuidados com a farda, a importância do zelo com a roupa que simboliza o próprio compromisso da pessoa com a doutrina de Irineu. E ao final de tal acontecimento, o dirigente ou presidente do centro coloca a medalha “Estrela” na roupa da pessoa, apresentando-a assim a todos o grupo enquanto mais novo participante/membro do grupo.

Abaixo alguns videos sobre a vida do Mestre Irineu e sobre a doutrina do Santo Daime.